Semana passada foi aprovada pela câmara dos deputados a lei que libera o aborto de fetos portadores de anencefalia. Para quem não sabe anencefalia é uma malformação do cérebro. Não é que não exista o cérebro, mas há uma má-formação que pode ser menos grave ou muito grave, podendo ser uma patologia letal.
Mas será que podemos tirar a vida de alguém, mesmo sabendo que não há esperança de vida para este ou que o seu tempo de vida será muito curto? Não! É claro que não podemos! Toda vida tem valor independente de seu tempo de duração. E é ainda mais inadmissível que um pai e uma mãe pensem em tirar a vida de um filho por este ter um problema, ainda que tão grave.
Será que eles não estão pensando somente em si mesmos, em evitar “sofrimentos”? Absurdo! Mal sabem que um aborto provocado causará nestes um sofrimento infinitamente maior. Deveriam se preocupar em encher este bebê de amor ainda que seja nos 9 meses em que estiver na barriga, mesmo que nunca o vejam com vida. Ou será que o amor passa pelo cérebro e não pelo coração?
Amigos, se o bebê não tem o cérebro perfeito, tem o coração, tem a alma, tem sentimento, e isto desde os primeiros segundos de vida, desde sua concepção. Isso não pode ser negado. Ou será que estão errados os estudos que comprovam que as crianças desde o ventre materno escutam as vozes de seus pais, captam suas emoções, tem seu temperamento moldado por canções que escutam? Não estão errados não! Estão certíssimos, pois é isto que acontece mesmo! Quem já teve um filho e viveu isso sabe que é verdade.
Você sabia que em alguns países da Europa, como França e Alemanha, crianças com síndrome de down, em muitos casos, são abortadas? Será que não será este o próximo passo do nosso pobre Brasil? Não duvido também que logo estarão legalizando a eutanásia. Se matam crianças sem perspectiva de vida, quanto mais não farão com os adultos em estado terminais.
Não é um absurdo um país que não tem pena de morte para os culpados, ter pena de morte para os inocentes? Não sou a favor de pena de morte para criminosos, pois toda vida tem valor, mas, pense comigo: se a vida de um bandido merece ser polpada, será que uma criança inocente no ventre de sua mãe merecer ser assassinada?
Se tivesse esperando um filho anencéfalo, sabendo que a chance de ele sobreviver mais do que minutos após seu nascimento seria muito pequena, só aumentaria o meu desejo de passar cada segundo junto dele desde quando estivesse na barriga da mãe. E a minha esperança seria a de poder vê-lo e pegá-lo nos braços ao menos por alguns minutos, de dar um beijo e dizer que o amo, antes que ele partisse em paz.
Sofrimento? O que não é sofrimento nesta vida? Não há amor sem sofrimento. Aliás, os maiores gestos de amor estão carregados de grandes sofrimentos. Basta ver o Filho de Deus crucificado por nos amar tanto.
“NÃO HÁ DIFERENÇA ENTRE A PESSOA QUE VOCÊ ERA NO MOMENTO DA FECUNDAÇÃO DO ÓVULO DE SUA MÃE E A PESSOA QUE VOCÊ É HOJE. DESDE A CONCEPÇÃO, VOCÊ É UM SER HUMANO.” Dr. Jérôme Lejeune
